Mecatrônica na Mobilidade Humana
Como a mecatrônica e suas tecnologias podem ajudar na mobilidade
Por Paulo Victor Oliveira | 26 de Setembro 2021
A mobilidade é fundamental para a sobrevivência dos seres humanos, onde foi necessária para realizar todas as tarefas básicas em uma cultura pré-industrial: caça, coleta, pesca, busca de água e agricultura.
Em nossa sociedade industrial moderna, as pessoas se movimentam muito, tanto que inventamos todo tipo de tecnologia para ajudar nessa mobilidade. Da bicicleta movida a humanos a uma infinidade de engenhocas motorizadas que aumentam as distâncias que podemos percorrer.
Sumário
Evolução das Tecnologias de Mobilidade
Nas economias agrárias você trabalha onde nasce e os recursos disponíveis são limitados à distância que você pode caminhar. Uma vez que a mobilidade aumenta, há mais escolhas, mais possibilidades, mais oportunidades. Isso explica a extraordinária popularidade das bicicletas em todo o mundo, já que as pessoas podem optar por encontrar emprego fora da fazenda ou aldeia.
Patinetes elétricos ou até mesmo skates motorizados oferecem uma mobilidade urbana de forma pequena, leve e que pode ser colocada em uma mochila e transportada por cima do ombro. Muitos modelos estão disponíveis com velocidades de 16 quilômetros por hora e superiores. Estas são categorias de produtos totalmente novas que não existiam há 5 ou 10 anos e são possibilitadas pela aplicação de microcontroladores de baixo custo usando a tecnologia de controle de motores.
A mobilidade é literalmente parte da anatomia humana, quando o corpo está danificado, a mobilidade pode ser extremamente limitada. No passado, as opções se limitavam a cadeiras de rodas como meio de fornecer mobilidade para aqueles que precisavam de ajuda. Mas as tecnologias atuais, como a mecatrônica, permitem a criação de exoesqueletos leves que podem dar mobilidade total a pessoas que de outra forma não podem andar.
Exoesqueleto
Os exoesqueletos são atuadores mecânicos que operam externamente e em conjunto com um ser humano para adicionar força e articulação que permite ao usuário andar. Algumas das pesquisas são financiadas pela defesa com o objetivo de expandir os limites de desempenho dos militares. Soldados que podem viajar mais longe e transportar mais cargas úteis terão a vantagem em qualquer situação.
O primeiro exoesqueleto que se tem registro surgiu em 1961, em um projeto do Pentágono que tinha o objetivo de desenvolver um robô que pudesse ser vestido. Porém, esse e outros planos desenvolvidos nas décadas seguintes pouco progrediram na construção viável dos pontos de vista mecânico e econômico.
A situação mudou a partir do ano 2000, quando a Agência de Projetos de Pesquisa Avançada em Defesa (DARPA), anunciou um programa que destinou US$ 50 milhões ao desenvolvimento de “exoesqueletos para aumento da performance humana”.
Atualmente diversas empresas ao redor do mundo investem nesse tipo de tecnologia, criando atuadores densos em energia, em embalagens leves e de pequeno volume, com isso levando a inovações de produtos que eram inimagináveis alguns anos atrás.